A história verídica contada na montagem do filme Quiz Show vai de encontro a qualquer pessoa com um mínimo de ética, moral e senso de justiça. Quiz Show fala da realidade de um programa de perguntas e respostas, veiculado na NBC (National Broadcast Company), o 21, que premia com dinheiro e fama os ganhadores. O problema é que estes vencedores são escolhidos, produzidos, e permanecem no ar de acordo com os interesses dos patrocinadores do Programa.
A denúncia de que os resultados do 21 são manipulados leva o caso ao tribunal. No entanto, ao contrário do que pensou o advogado que investigou o programa, apenas os produtores são considerados culpados ao final do julgamento. Os principais responsáveis pelo erro saem ilesos e inocentes e os interesses financeiros da National Broadcast Company, assim como seus donos e representantes superiores, não são afetados. Esse final afirma o inquestionável e conhecido poder da mídia, que utiliza o número de ferramentas necessárias, passando por cima da ética, moral e justiça para se manter no ar.
O filme também levanta a questão da corruptibilidade diante da fama e do dinheiro. Os dois personagens principais, que em um primeiro instante não aceitariam a farsa de receber as respostas das perguntas antes da gravação de cada programa, são levados a trair sua própria ética e orgulho, pelo conhecimento intelectual que detinham, enganando a si mesmos e a um público de cinquenta milhões de telespectadores.
Outro pensamento que vem à tona com a montagem é o seguinte: o que prefere o público? Ser enganado e ter um herói que o faz ligar o botão da TV para ver uma celebridade intelectual produzida? Ou a verdade e honestidade do conteúdo a que assistem?
Quiz show mostra o poder, a fama e a ética, e nenhum deles ao mesmo tempo.